Cogumelos
Varando a
noite, com
Brandura,
brancura,
Silêncio
absoluto,
Do artelho
aos
narizes
Tomamos
posse da
argila
E do ar
adquirido.
Ninguém nos
avista,
Nos detém,
nos
agride;
Evadem-se os
grãozinhos.
Punhos
suaves
insistem
Em brandir
agulhas,
O recheio
folhudo,
Até o
calçamento.
Nossos
martelos,
marretas,
Sem olhos e
ouvidos,
De voz nem
um fio
Alargam as
gretas,
Ombro
abrindo
fendas. Nós
Vivemos a
pão e água,
Migalhas de
sombra,
Com modos
afáveis,
Inquirindo
pouco ou
nada.
São tantos
de nós!
São tantos
de nós!
Somos
estantes,
somos
Mesas, somos
humildes,
Somos
comestíveis,
Aos trancos
e
arranques
Apesar de
nós
mesmos
Nossa
espécie se
expande:
Pela manhã,
havemos
De herdar o
planeta.
E nosso pé
porta
adentro.
(poetisa
estado-unidense falecida faz hoje 51 anos)
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