Trago-te nos
braços
Trago-te nos
braços ao cair da tarde
quando a
glicínia cheira na porta do meu corpo
tacteias a
espaço a porta entreaberta
e reténs o
grito na fogueira da boca
convulsionada
e ágil te conduzo
na relva
agora húmida e macia.
Fecho-me
para crescer em ti
os dedos
acordados e subtis
e é tudo
água, vórtice, clarão.
(poetisa
satense nascida faz hoje 76 anos)
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