Sempre
soubemos
Quase
acreditámos na luz rodopiando as sombras
para tornar
transparente a maciez do húmus
preso à
torrente das chuvas.
Pressentíamos
que qualquer coisa de comovente
se alojava
no brilho da folhagem atravessada
pelo perfil
das aves migratórias.
Sempre
soubemos que há rosas
que se
desfolham antes de alguém as ver
derramando
um leve aroma sobre o delírio da cor
para
deslumbramento das borboletas.
Nunca se
repete, sempre o soubemos,
a curva do
tempo na concha ansiosa do olhar.
(poetisa
figueirense que faz hoje 67 anos)
Sempre soubemos, mesmo quando parece que esquecemos.
ResponderEliminarAbraço