Outono
enfermiço
Outono
mortiço e adorado
Morrerás
quando o furacão soprar nos rosais
Quando nos
vergéis
Tiver nevado
Pobre outono
Morres em
brancura e em riqueza
De neve e de
frutos maduros
No fundo do
céu
Planam
gaviões
Sobre os
nixes ingénuos e anões de cabelos verdes
Que nunca
amaram
Nas orlas de
lá longe
Os veados
bramiram
Oh! estação
não sabes quanto gosto dos teus rumores
Os frutos
caindo sem serem apanhados
O vento e a
floresta que choram folha a folha
Todas as
suas lágrimas no outono
As folhas
Que pisam
Um comboio
Que passa
A vida
Que se vai
(Guillaume
Apollinaire faleceu faz hoje 95 anos)
Tradução de
Maria Gabriela Llansol
Un prince de la poésie française.
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