Como os
outros
Como os
outros discípulo da noite
frente ao
seu quadro negro que é
exterior à
música dispo o reflexo
sou um e
baço
dou-me as
mãos na estreita
passagem dos
dias
pelo café da
cidade adoptiva
os passos
discordando
mesmo entre
si
As coisas
são a sua morada
e há entre
mim e mim um escuro limbo
mas é nessa
disjunção o istmo da poesia
com suas
grutas sinfónicas
no mar.
(poeta
bracarense naturalizado moçambicano, falecido faz hoje 13 anos)
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