Valsa
No tango das madrugadas
Uma valsa me procura,
Giram luas, gira a vida
Em glicínias de ternura.
Salões flutuam na insônia,
E na paixão que se enreda
Os corpos endoidecidos
Entre delírios de seda.
Rodam piões enlaçados
Nas calçadas do universo,
Os pares sonham noturnos
Nos passos de cada verso.
Uma valsa me procura,
imperial em meus desejos,
Dançam sobrados e esquinas
Num baile de realejos.
(poeta paulista que hoje faz 87 anos)
Rodopiando o poema.
ResponderEliminarAbraço