O ESPELHO
do outro
lado um estranho
faz
simulações como se fosse
um demônio
familiar
é sempre
noite, um assassino sonha
com mulheres
assassinadas em série
sob as
palmeiras de Malibu
o mundo é só
uma ficção plausível
a imagem que
baila ao rés-da-lâmina
é um último
e improvável vestígio
da
existência de Deus
o resto são
ecos de outras faces
gestos de
espanto e despedida
a música dos
relógios, a morte
(poeta
mineiro que hoje faz 61 anos)
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