Do Primeiro
Regresso
Escuta meu
Amor, quando eu voltar
De tão
longe, e avistar de novo o Tejo,
O meu
Restelo que em saudades vejo
Como outra
Índia a conquistar
Quando a
minha alma inquirida sossegar
Este voo
indomável, num adejo,
E o amor e o
céu e Deus, vivos num beijo,
Iluminarem
todo o nosso lar:
Quando, meu
Santo Amor, voltar o dia
Do primeiro
regresso, e a aleluia
Madrugar tua
alma anoitecida...
Hás-de
embalar-me sobre o teu regaço
Arrolar, encantar
o meu cansaço...
E então será
o meu regresso à Vida!
(poeta amarantino
nascido a 11 de Maio de 1889)
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