... Lá …
Como o vento
à noite,
no telhado
esse lamento
do mal que não tem cura;
"...
nada
do que foi
teu será
nada te
pertence já...
nenhuma
coisa passada te é futura..."
Escutas:
Pássaros da
noite em soltas alvoradas
ou fantasmas
loucos
de roxas
madrugadas.
Transidas de
escuros medos
de solidões
de lutas
de finitas
paixões
e de
segredos...
as fadas
chegam,
do lembrar:
"...Nada
é eterno teu...
só esse
luto!...
O futuro
perdeste-o no passado
Lá, no
caminho sagrado
passou-te ao
lado e
morreu..."
Escutas;
De longes e
ocultas fundas grutas...
que há em ti
desabitadas
veladas vêm
discretas
as vozes
secretas
das boas
fadas do antigo lar:
"...Não
esse luto!...
Lá, nessa
glória inteira da lembrança
do teu
paraíso longínquo de criança,
é teu o
absoluto..."
(poetisa
espinhense que hoje faz 82 anos)
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