Romance de
Luanda
Coqueiros
esguios - leques ao vento
abanando a
Ilha.
Um dongo
flutua
na baia.
E ela, a
negra maravilha
condecorada
com reflexos de prata
com que o
céu a está beijando,
com que o
céu a está vestindo,
- adormeceu
sonhando
placidamente
sorrindo.
Nas águas
verdes da baia calma,
caem pétalas
vermelhas
de uma linda
flor de ónix!
E o
timoneiro, um preto atleta,
jovem
pescador
é um brutal
Cupido,
- é o Deus
do Amor
em bronze
reproduzido!
Nas águas
verdes da baia calma,
caem pétalas
de sangue,
duma flor já
desfolhada...
Um dongo
flutua
na baia.
Vai rompendo
a madrugada!
(poeta
constanciense nascido a 22 de Abril de 1900)
Que belo e que força tem esse poema, Lino.
ResponderEliminarBeijos.
Um belo poema de uma Luanda que poderia ser bela...
ResponderEliminarAbraço