O Operário
Sobre os
meus ombros
recebo a
carga
e chego à
fábrica.
Com minha
farda,
limpa de
graxa,
eu movimento
o
descompasso
da vossa
estrada.
Agito a
máquina,
registro a
marca
de meu
trabalho.
Sobre os
meus ombros
nada desaba.
Produzo o
tempo,
produzo o
uso
dos meus
comparsas.
Não danço,
embora mexa
meu corpo
que vai e
volta.
Mexo meus
braços,
seguro a
mola
que me
assalta
atrás da
porta
da vossa
tática.
(poeta
paulista nascido faz hoje 80 anos)
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