A Janela e o
Sol
"Deixa-me
entrar, - dizia o sol - suspende
A cortina,
soabre-te! Preciso
O íris
trêmulo ver que o sonho acende
Em seu
sereno virginal sorriso.
Dá-me uma
fresta só do paraíso
Vedado, se o
ser nele inteiro ofende...
E eu, como o
eunuco, estúpido, indeciso,
Ver-lhe-ei o
rosto que na sombra esplende."
E, fechando
mais, zelosa e firme,
Respondia a
janela: "Tem-te, ousado!
Não te deixo
passar! Eu, néscia, abri-me!
E esta que
dorme, sol, que não diria
Ao ver-te o
olhar por trás do cortinado,
E ao ver-se
a um tempo desnudada e fria?!"
(poeta
carioca nascido faz hoje 156 anos)
Bem precisamos que o Sol e a luz invadam as nossas esperanças e almas nestes tristes tempos.
ResponderEliminarBoa semana