A FLOR DA
CHUVA...
... e a flor
da chuva no capim
tem mais
perfume
abertas bem
abertas estão as mãos
para abraçar
esta manhã sem nuvens
ontem (não
importa já o pôr-do-sol nas buganvílias)
ontem
(murchas estão agora as flores
das coisas
que eram coisas nada mais)
ontem havia
medo até no caminhar das rolas sobre a areia.
A poesia de
hoje é a voz do povo
todo o
mundo o mundo até de algum silêncio
persistente
quer romper
a mancha que da noite inda nos fala.
Oh admirável
sangue a pulsar em cada estrela
o sol é
negro e ilumina
a imensidão
deste perfume
que nos traz
a flor da chuva
o sol é
negro e brilha dos vulcões
de cada
peito independente.
Madrugada de
fevereiro.
Sou
angolano!
(escritor
angolano que hoje faz 77 anos)
O perfume da África.
ResponderEliminarAbraço