RUMO
É tempo,
companheiro!
Caminhemos ...
Longe, a
Terra chama por nós,
e ninguém
resiste à voz
da Terra ...
Nela,
o mesmo sol
ardente nos queimou
a mesma lua
triste nos acariciou,
e se tu és
negro
e eu sou
branca,
a mesma
Terra nos gerou!
Vamos, companheiro…
É tempo!
Que o meu
coração
se abra à
mágoa das tuas mágoas
e ao prazer
dos teus prazeres
irmão
Que as
minhas mãos brancas
se estendam
para
estreitar com amor
as tuas
longas mãos negras...
E o meu
suor
se junte ao
teu suor,
quando
rasgarmos os trilhos
de um mundo
melhor!
Vamos!
que outro
oceano nos inflama.. .
Ouves?
É a Terra
que nos chama...
É tempo,
companheiro!
Caminhemos ...
(poetisa
angolana falecida faz hoje 51 anos)
A Terra não distingue as cores da pele.
ResponderEliminarBelo poema.
Abraço