Útero
procurando a
tua cabeça: quero acordar-te, devolver-te
ao meu
útero, teu colar planetário,
fazer-te
regressar ao sangue de olhos fechados e incubadoras,
soterrar o
teu nome no meu nome, o teu movimento
no meu
santuário faminto,
a minha
culpa e aguaceiros no teu desejo indeciso de
beleza e
desvios. dar-me-ás o teu azul
para que o
meu vermelho denso o golpeie de ocupação e pele,
para que
duas solidões
se
aconcheguem e tornem uma só. e depois, mais tarde,
numa
meia-noite de existência avulsa, dentro de mim
dirás o
sexo, o sexo
como
arredores de um lugar belo.
Sylvia Beirute
(poetisa
farense que hoje faz 28 anos)
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