Que as
lágrimas levantem vôo
agora mesmo
és
um cisne.
os teus
lagos são jardins do Nada
há pássaros
infinitos à revelia e
cultivas
laranjas em varandas
de fogo
secretos
vasos
desço então
pelas tuas asas
de lágrimas:
de
neve
e
ouro
depois nada
mais faço
que as
lágrimas levantem vôo
da tua
infinita
face
(poetisa
coimbrã que hoje faz 67 anos)
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