A tinta e o
verso
Bebe o
sangue
do sol
nascente,
rouba o
negro da noite
e o ouro do
girassol,
arranca o
azul do céu,
faz o mural.
Traz o verde
da Mata,
as cores dos
espinhos sertanejos.
Arranca o
colorido das casas,
o castanho
dos rios,
a brancura
da lua,
a festa das
cores das ruas,
faz o mural.
Se faltar a
tela,
coloca tudo
em palavras no papel,
em vez das
cores,
escreve o
nome das coisas,
em vez de
amarelo
fala em
girassol,
no lugar de azul
escreve céu.
Faltando até
mesmo
lápis e
papel,
recita os
meus versos,
diz poemas
do meu canto
que surgirão
as cores do chão.
(escritor pernambucano
que hoje faria 71 anos)
Muito bom! Também não o conhecia...
ResponderEliminarExcelente! As cores da poesia.
ResponderEliminarAbraço