Soneto dos
símbolos efêmeros
Os símbolos
efêmeros: memento
da vida
breve: música secreta
- do tempo, a se esvair na asa do vento,
- do sonho, a esmaecer a chama inquieta.
Cresça no
céu de pedra o véu nevoento;
junto às
nuvens se perca a doida seta
rumo ao não
e ao talvez: o sentimento
atrela-se a
uma estrela, e essa incompleta
visão
apaziguante é misteriosa
luz
transcendência: rútila persiste,
seiva do
ser, essência poderosa,
pois se foi
dito o quanto a carne é triste,
arde em
perfume o espírito da rosa
e é mais
belo o que só no sonho existe.
(poeta
pernambucano falecido faz hoje 6 anos)
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