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terça-feira, julho 10, 2012

Ironia sentimental

Coaxar dos sapos, quando a noite é calma,
sem jardins simbolistas, nem repuxos cantantes,
nem rosas místicas na sombra, nem dor em verso...

Coaxar dos sapos, longamente,
quando o céu palpita na moldura da janela,
num mistério doce, num mistério infinito,
e em cada estrela há um lábio, um lábio puro que treme,

e um segredo na luz que palpita, palpita...


(poeta gaúcho falecido faz hoje 42 anos)

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