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sexta-feira, julho 27, 2012

Chuva congelada

Reduzo a cascata a um candelabro, fios
De luz, ossos descarnados pelo gelo
Que se refazem nas bandagens de vidro
E, onde o lago age como nível de bolha,
Guardo bolsas de ar para que a lontra viva.

Aumento uma a uma as lâminas de grama
Com brotos, chuva congelada e sincelos,
Polegar, dedos que apontam o degelo
Derretem, entre o lábio e a língua, até o âmago
Enquanto o vento toca órgão nos ramos.


(poeta norte-irlandês que hoje faz 73 anos)

Tradução de Marcelo Tápia

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