Tarde demais
Era frio, muito frio.
Frio na tarde, frio em mim.
Olhos em pranto,
Alma em desencanto,
Parti a caminhar.
E no melancólico crepúsculo,
Ouvi uma voz que dizia:
Esqueça!
Continuei a caminhada.
Era noite, muito noite então.
Estrelas perfilavam o firmamento,
Num brilho nostálgico o solitário.
E dentro da noite vazia,
Rosto banhado em luar,
Ouvi outra voz que dizia:
Perdoa!
Prossegui a cavalgada.
E já não havia mágoa
E nem mais ressentimento.
Foi quando então o coração falou:
Volta!
Voltei.
Mas era tarde,
Muito tarde então.
Nunca mais o encontrei!
(poetisa paulista que hoje faz 80 anos)
Quantas estórias iguais?!...
ResponderEliminarAbraço