DOS
POEMAS
Não de vento
os formei, mas do meu barro.
Não lhes dei
sentimento, mas meu sangue.
Acolhe-os,
pois, ainda que sejam turvo
rio a cruzar
as terras que erigiste
no teu sonho
maior, mesmo que sejam
somente um
vago eco, um arfar penoso
de barro,
solidão, de cinza e sangue.
(poeta
mineiro nascido faz hoje 94 anos)
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