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terça-feira, abril 24, 2012

Marcha fúnebre

Marcha fúnebre
com os vivos todos em caixões
e o cadáver atrás, a pé, sozinho,
ao som da filarmónica
que marca o passo a fingir vida
na poeira morta
do caminho…

Filarmónica transcendente
que afinal
só toca a valsa banal
da morte nua de toda a gente.

José Gomes Ferreira

3 comentários:

  1. O poema certo num dia "errado".

    Abraço de Abril

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  2. Foi escolhido de propósito para hoje pois o cadáver vai ser enterrado na próxima madrugada.

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  3. na emergência da próxima madrugada
    prefiro evocar a Sofia e o "dia claro"...

    abraço

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