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sábado, abril 21, 2012

Fragmentos

Muros castos e tristes
Cativos de si mesmos

Como criaturas que envelhecem
Sem conhecer a boca
De homens e mulheres.

Muros escuros, tímidos:
Escorpiões de seda
No acanhado da pedra.

Há alturas soberbas
Danosas, se tocadas.
Como a tua própria boca, amor,
Quando me toca...


(poetisa paulista que hoje faria 82 anos)

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