Centenário
Retrato de Alves Redol
Porém se por alguém não foi ninguém
cantou e disse flor canção amigo
a si o deve. A si e mais a quem
floriu cresceu cantou lutou consigo.
Homem que vive só não vive bem
morto que morre só é negativo
morrer é separar-se de ninguém
e contudo com todos ficar vivo.
Nado-vivo da morte. É isso. É isso.
Uma espécie de forno de bigorna
de corpo imorredoiro que transforma
em fusão o metal do compromisso:
Forjar o conteúdo pela forma:
marrar até morrer. E dar por isso.
Ary dos Santos
(Alves Redol nasceu a 29 de Dezembro de 1911)
Grande escritor. Um dos nossos maiores.
ResponderEliminarAbraço
vale a pena conhecér as iniciativas do Museu do Neorealismo (V.F. de Xira) em colaboração com a Faculdade de Letras (UCL) sobre o Centenário
ResponderEliminarabraço
Alves Redol é um dos nossos bons escritores e de quem conheço bem a obra.
ResponderEliminarBom final de ano
Boa memória
ResponderEliminarAbraço amigo
A força incontrolável das palavras sentidas!
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