Centenário
Confraternização
Braços caídos
Não mais as mãos nervosas das tecelãs
tocando os
teares,
pondo emendas no fio
não mais o matraquear dos teares
batendo
num barulho monótono, ensurdecedor
Apenas braços caídos,
As operárias pensando nos filhos
com fome
Depois vieram os soldados,
Fuzis embalados,
Defender a propriedade do dono da
fábrica
Mas também tinham filhos,
Mães, noivas, irmãs
A fome era a mesma nos seus lares
também
E as tecelãs os saudaram chamando-os de irmãos
Agora na fábrica há braços erguidos
Aclamando
E há mãos se apertando
(Carlos Marighella nasceu a 5 de Dezembro de 1911)
Lindo!!! É realmente o que é necessário braços erguidos, unidos para sempre.
ResponderEliminarBeijo