As mãos
Com mãos se faz a paz se faz a guerra.
Com mãos tudo se faz e se desfaz.
Com mãos se faz o poema – e são de terra.
Com mãos se faz a guerra – e são a paz.
Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.
Não são de pedras estas casas mas
de mãos. E estão no fruto e na palavra
as mãos que são o canto e são as armas.
E cravam-se no Tempo como farpas
as mãos que vês nas coisas transformadas.
Folhas que vão no vento: verdes harpas.
De mãos é cada flor cada cidade.
Ninguém pode vencer estas espadas:
nas tuas mãos começa a liberdade.
(Adriano Correia de Oliveira faleceu a 16 de Outubro de 1982)
lino
ResponderEliminarTudo o que que tenha a ver com Adriano ou Zeca, mexe demais comigo.
Obrigada por estes momentos, vou roubar-lhe esta data para o meu cantinho.
Beijo e uma flor
Boa homenagem, a que me junto.
ResponderEliminarBem haja!
Se não estou em erro, o poema é da autoria de Manuel Alegre - in 'O Canto e as Armas'.
ResponderEliminarcordiais saudações
Adriano é um dos nossos maiores.
ResponderEliminarA letra é de "O Canto e as Armas", mas aqui interessou-me apenas a música e a voz, já que o homenageado é o Adriano.
ResponderEliminarUma das canções mais passadas na rádio a seguir ao 25 de Abril!
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