Paisagem citadina
A pele por fulgurantes
instantes muitas vezes abre-se até onde
seria impensável que exercesse
com tão grande rigor o seu domínio.
Não temos então dela senão rápidas
visões, onde os reclames
do coração se cruzam, solitários
e agrestes, reflectidos
por trás nos ossos empedrados.
Em certas posições vêem-se as cordas
do nosso espírito esticadas num terraço.
A roupa dói-nos porque, embora
nos cubra a pele, é dentro
do espírito que estão os tecidos amarrados.
(poeta viseense nascido a 29 de Setembro de 1957)
Lino
ResponderEliminarLindo este poema com frases complexas mas que muito nos dizem.
Beijo
adorei
ResponderEliminarBjinhos
Paula
Excelente escolha. Obrigada por partilhares.
ResponderEliminarBJ
Poema interessante...
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