Meus olhos
Os caminhos estão fechados
Há uma corda atando mundos
um cão fuçando a sombra
um porco na oquidão
Sou o soco nas costas do retardado
a órfã de castigo
o cego que aleijaram
pra completar o escuro
Sou a vampira que dá de mamar
o chiclete no cabelo da professora
o pirulito sobre o qual mijaram
Sou a raquete arrebentada
o omelete que não deu certo
o homem que se afogou no Canal da Mancha
Meus olhos se espalham
sobre a tua cara
(poeta paulista nascido a 24 de Agosto de 1967)
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