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terça-feira, julho 19, 2011

Nacos de nuvens

No céu flutuavam trapos
de nuvem - quatro farrapos:

do primeiro ao terceiro - gente;
o quarto - um camelo errante.

A ele, levado pelo instinto,
no caminho junta-se um quinto.

Do seio azul do céu, pé-ante-pé,
se desgarra um elefante.

Um sexto salta - parece.
Susto: o grupo desaparece.

E em seu rasto agora se estafa
o sol - amarela girafa.


(poeta russo nascido a 19 de Julho de 1893)

Tradução de Augusto de Campos

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