Testamento
Um dia quando morrer (agora não)
Quero que me toquem guitarra.
Quero dizer: Qualquer coisa como variação.
Quero que chore a guitarra, mas com garra!
Venham senhoras e venham senhores!
Depois, por favor, façam-me um bem:
Que um a um deponha flores,
Na campa da minha mãe.
Essas flores que são dela,
Eu já não lhas poderei dar,
Pois já lá estarei com ela.
E a guitarra será fado.
O fado que hei-de cantar,
Lá longe do outro lado!
(... e assim foi!)
José Armelim
(poeta açoriano)
Um bom epitáfio.
ResponderEliminarabraço
Sabe que eu também quero música em vez de choro e velas?
ResponderEliminarE quanto às flores, quero receber enquanto estiver viva.
Boa semana.
PAZ e LUZ
Uma interessante visão do José Armelin, amigo Lino.
ResponderEliminarNão conheço o poeta açoreano, estou lendo pela primeira vez.
Abraço.
Vamos lá então conhecer os poetas açorianos de que nunca ouvi falar, através do teu excelente critério!
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