À beira mágoa
Eu soube de um país à beira-mar,
à beira-pesadelo, à beira-pranto...
De insónias e tristezas no cantar,
do sonho, que a tardar, doía tanto!
Eu soube de um país que teve um cais
e um barco que largou ao mundo além...
Que foi e que voltou por entre os ais
e sempre desse além ficou refém...
Eu soube de um país à beira-fado,
guitarra dedilhando a decadência...
Amante, entre grinaldas, mal-amado,
cativo de masmorras e de ausência...
Eu soube de um país que se rendeu,
num dia de Novembro, e se perdeu...
José-Augusto de Carvalho
(poeta natural de Viana do Alentejo)
Terá perdido Abril.
ResponderEliminar... e a dor dói. de dor moída!
ResponderEliminarabraço
Hoje tive uma agradável surpresa! Vim encontrar neste blog um poema (À BEIRA MÁGOA) do meu estimado ex-colega, amigo e camarada José-Augusto de Carvalho. No meu blog O ESCREVINHADOR também já publiquei este, bem como outros poemas dele. Abraço.
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