Plano
Trabalho o poema sobre uma hipótese: o amor
que se despeja no copo da vida, até meio, como se
o pudéssemos beber de um trago. No fundo,
como o vinho turvo, deixa um gosto amargo na
boca. Pergunto onde está a transparência do
vidro, a pureza do líquido inicial, a energia
de quem procura esvaziar a garrafa; e a resposta
são estes cacos, que nos cortam as mãos, a mesa
da alma suja de restos, palavras espalhadas
num cansaço de sentidos. Volto, então, à primeira
hipótese. O amor. Mas sem o gastar de uma vez,
esperando que o tempo encha o copo até cima,
para que o possa erguer à luz do teu corpo
e veja, através dele, o teu rosto inteiro.
(Nuno Júdice nasceu a 29 de Abril de 1949)
Olá, amigo Lino!
ResponderEliminarComo se deixa ver...
os camaleões começaram a aparecer
há mais de 30 anos...
Mas de há uns 15 ou 20 para cá
já não procuram o sol...
Procuram o dinheiro!
Forte abraço
sera que alguma vez mudara
ResponderEliminarBjinhos
APula