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domingo, dezembro 12, 2010

O lugar da Casa




















Uma casa que fosse um areal
deserto; que nem casa fosse;
só um lugar
onde o lume foi aceso, e à sua roda
se sentou a alegria; e aqueceu
as mãos; e partiu porque tinha
um destino; coisa simples
e pouca, mas destino:
crescer como árvore, resistir
ao vento, ao rigor da invernia,
e certa manhã sentir os passos
de abril
ou, quem sabe?, a floração
dos ramos, que pareciam
secos, e de novo estremecem
com o repentino canto da cotovia.

Eugénio de Andrade

Posta dedicada à minha companheira, com quem casei faz hoje 34 anos

5 comentários:

  1. E que melhor prenda do que um poema do Eugénio de Andrade.
    Parabéns!
    Abraço

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  2. muito bem. gostei se saber. parabéns...

    ( ... e vão 37. no meu caso. rss)

    abraços

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  3. Bonito!
    Felicidades e um abraço ao casal, Lino.
    Deus os conserve!

    Jorge

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  4. P-A-R-A-B-É-N-S!P-A-R-A-B-É-N-S!
    P-A-R-A-B-É-N-S!P-A-R-A-B-É-N-S!
    P-A-R-A-B-É-N-S!P-A-R-A-B-É-N-S!
    P-A-R-A-B-É-N-S!P-A-R-A-B-É-N-S!


    Para me redimir do atraso.

    :)))

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  5. Ah esqueci-me dizer que, grande parte da culpa do atraso é do gato. Tem-me dado um bailarico, mas já lhe ganhei uma data de vezes. Estou quase a apanhar-lhe o jeito. Miau

    :))))

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