Ocupamos a paisagem…
Ocupamos a paisagem
que, desocupada, se ocupa
de nós.
Tempo de ocupação, este.
Somos o estrangeiro
que o silêncio de paredes
brancas e esquecidas
perturbou.
Extasiado ao menor rumor
de um estio
duro e claro
- todo lâminas.
Perplexo da memória
destes dias
sufocados em tédio
e cal.
Da palavra para a pedra
arrastando-se aquáticos
- as mais sazonadas
as menos polidas.
Crestada que foi,
na raiz do tempo, toda
a subliminar tentativa
de retorno.
Amigo Lino!
ResponderEliminarEm relação ao seu comentário
é preciso não esquecer
o sentido metafórico
de grande parte das expressões.
Aquando do Maio 68
um grande vulcão entrou em actividade em França,
e uma grande frescura
de ondas alterosas nos deu uma sensação de plenitude,
neste deserto que era o antes do 25 de Abril...
Um forte abraço
Ocupamos e transformamos a paisagem até que a paisagem fique sem vistas, despojadas dela própria... paisagem!
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