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quinta-feira, julho 01, 2010

Lágrima

A cada hora
o frio
que o sangue leva ao coração
nos gela como o rio
do tempo aos derradeiros glaciares
quando a espuma dos mares
se transformar em pedra.

Ah no deserto
do próprio céu gelado
pudesses tu suster ao menos na descida
uma estrela qualquer
e ao seu calor fundir a neve que bastasse
à lágrima pedida
pela nossa morte.

3 comentários:

  1. O grande e nosso

    Carlos de Oliveira

    Abraço

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  2. ah, o Carlos Oliveira! poeta maior tão esquecido...

    gostei muito de (re)ler aqui.

    abraços

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