Tempus Fugit
O tempo começa
quando nascem certas flores.
O tempo denso de uma noite,
o seu perfume, a sua ardência,
de uma flor que não pode ver o
dia.
O tempo acaba
quando morrem certas flores.
O tempo evanescente de uma
garoa:
o seu afago, a sua frialdade,
de uma flor que não pode ver a
luz.
O tempo é noite, é bruma:
permanência do escuro entre as
estrelas,
uma passagem de arrepio entre
calores.
O tempo começa e o tempo
acaba,
tudo que dizemos sobre flores,
rápidos, efêmeros, doentes;
nossa mirada, uma miragem,
resvala em jardim, de madrugada.
Fernando Rocha Peres*
*poeta brasileiro
adorei o tempo que tirei para o ler
ResponderEliminarBeijos
Paula
Voa!
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