Crónica milanesa
na catedral de Milão
às três da tarde sexta-feira santa
um Cristo estendido expira (de novo)
enquanto uma turista austríaca explica as técnicas da edificação
[ gótica das catedrais da idade média
a um bando sonolento de turistas
um pombo passeia pela nave e pousa no vitral incendiado pela
[ luz horizontal da tarde
e o padre se exalta e amaldiçoa (de novo)
Júlio César Pôncio Pilatos Herodes e todos os soldados
[ (romanos e austríacos)
amém
Vera Lúcia de Oliveira*, in Tempo de Doer/Tempo di soffrire
*poetisa paulista-italiana
Turismo de plástico.
ResponderEliminarTurismo profunda mente
ResponderEliminarreligioso
Adorei milao, com todos os ses defeitos
ResponderEliminarBeijos
Paula
Bem boa, esta poesia!
ResponderEliminarE agora o meu amigo:
que não lhe falte nada
no Domingo de Páscoa:
Um bom repasto, vinhaça a condizer...
e boa disposição... já que...
o HOMEM ressuscitou!
Forte abraço