Sem papas na língua
A comunidade internacional está a perder dinheiro e a derramar o seu sangue no Afeganistão para apoiar um governo de criminosos corruptos e misóginos, de acordo com os interesses dos Estados Unidos.
Malalai Joya é uma mulher de armas e já foi considerada a mulher mais corajosa do Afeganistão. Refugiada desde os 4 anos de idade em campos do Irão e do Paquistão, regressou ao seu país com 20 anos, sob o regime dos talibãs.
Em 2003, com 25 anos de idade, foi eleita para o Loya Jirga, convocado para ratificar a Constituição do Afeganistão. Em 2005 foi eleita Membro do Parlamento, do qual foi suspensa 2 anos depois com o argumento de que tinha insultado alguns dos seus pares num programa de televisão. Apoiada por intelectuais e parlamentares de todo o mundo, apelou da sua suspensão (o processo ainda segue os seus trâmites), ao mesmo tempo que discursava nos mais diversos locais (incluindo o Parlamento Europeu).
Esta semana deslocou-se a Madrid para receber o prémio o prémio Juan Maria Brandés para a Defesa do Direito de Asilo e Solidariedade com os Refugiados, tendo dado uma entrevista ao jornal Publico (o espanhol, que o de cá não liga a essas coisas), cuja leitura recomendo a quem quiser entender de que lado estão e o que pensam sobre a intervenção da NATO as verdadeiras forças democráticas do Afeganistão. A propósito: o que andam os nossos a fazer por lá?
Nem que lha cortem.
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