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domingo, abril 05, 2009

Elogio do sonho Quando caminha nas águas banha as agulhas noturnas e bebe chamas de espumas nos claros copos da lua esconde no corpo um fogo claro, vermelho, constante: rubro ondular de bandeiras por entre nuvens dançantes ei-la subindo nas chuvas galopando em seu cavalo a cabeleira de trigo solta ao furacão voante ordena para que um dia os sons se mudem nas cordas destes violinos cegos que por entre urtigas tocam - vejo-a inteira, emparedada entre as brasas que caíam naqueles vales secretos onde as árvores fugiam. César Leal* *poeta brasileiro

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