How many times must a man look up, Before he can see the sky? How many ears must one man have, Before he can hear people cry? The answer, my friend, is blowin' in the wind. The answer is blowin' in the wind.
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terça-feira, março 03, 2009
Sem rumo
Há 3 semanas o conceituado jornalista francês Eric Le Boucher publicava, na edição francesa da Slate Magazine, uma coluna em que batia forte e feio na curteza de vistas dos políticos da União Europeia e na sua incapacidade de tomar medidas para fazer face à crise, chegando ao ponto de dizer: Será necessário recorrer ao FMI para meter na ordem a zona euro? Será necessário chegar a essa vergonha? A crise era a oportunidade para desenvolver um maior federalismo económico, orçamental e político. Isso pode ainda acontecer? Pessoalmente, já não acredito. Estamos à espera dos verdadeiros mestres da saída da crise: os Americanos e os Chineses.
Mais de uma semana depois, uma tradução inglesa do artigo era publicada no sítio da Slate Magazine Americana com o “sugestivo” título Europa para a América: Nós Rendemo-nos.
Pode pensar-se que os jornalistas do Tio Sam gostam de zurzir na Velha e (para eles) Conservadora Europa e alguns até gostam mesmo, ou por só verem o próprio umbigo ou por serem incapazes de entender o modelo europeu. Mas neste caso, para além do autor ser europeu, até penso que o título da tradução adere bem à realidade.
Face à possibilidade de bancarrota de vários membros da União e com a Ucrânia perto de ter de suspender os pagamentos ao exterior (com o inevitável corte do gás russo), os dirigentes dos 27 apenas encontraram a alternativa de um lauto almoço em Bruxelas, certamente regado com bons vinhos oferecidos pelos “agricultores” franceses, que "mamam" mais de 40% do orçamento comunitário na famigerada PAC que ninguém tem a coragem de mandar desta para melhor. Depois de bem comidos e melhor bebidos, arrotaram para o umbigo uns dos outros, disseram umas banalidades para comunicação social ver e regressaram felizes aos seus quintais, para tratar dos seus nabos, das suas cebolas e dos seus tomates. Quando se derem conta, a crise comeu a hortaliça toda e já só existem urtigas. Depois queixem-se de que os Chineses vieram tomar conta disto!
Olá Lino
ResponderEliminarMuito obrigado pelas suas palavras no meu blog.Por vezes é necessário um vendaval para (limpar) o pó.
Sou pessoa de bem, mas não aceito que me tente levar por tonto.
Então um limiano na capital! Muito bem. Que tudo lhe corra às mil feições extensível à sua família.
Um abraço deste vianense:)