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quinta-feira, janeiro 08, 2009

Trombetas de guerra Aqui e agora as coisas são assim: a oposição à paz é sempre legítima e patriótica; a oposição à guerra é traição, é anti-Israel e deve ser silenciada. Esta semana, ao apresentar o seu programa "London & Kirschenbaum", Yaron London reconheceu que começa a haver problemas: "Tivemos problemas quando estávamos a preparar este programa. Conhecemos que o amplo consenso é a favor da operação – atacá-los duramente, mas também há outras vozes, não só dos israelo-árabes mas também de judeus. Encontramos alguns judeus que acreditam que a operação deve ser suspensa, ou que jamais deveria ter sido sequer lançada, e que é preciso iniciar negociações políticas. Essa não é minha perspectiva. Em artigos que tenho escrito apelei a uma coisa diferente. Mas a voz deles também tem de ser ouvida. Falar sozinho leva sempre ao desastre. O problema é que eles têm medo. Há outras vozes que estão a ser aterrorizadas e reduzidas ao silencio Assim começa um elucidativo artigo da autoria do conceituado jornalista israelita Gideon Levy, publicada no jornal israelita mais conhecido internacionalmente - o Haaretz, a seguir à invasão de Gaza. Nele podemos aperceber-nos da realidade da preparação da população para a inevitabilidade da guerra, da animosidade de que são alvo os que lutam pela paz, de quem é responsável pelo quê, da manipulação e de outras coisas mais, que não chegam até nós através da comunicação social “de referência”. Escrito numa linguagem clara e sem rodriguinhos, a sua leitura é fácil. Mas, para quem, mesmo assim, tenha alguma dificuldade com o inglês, existe uma tradução para português do Brasil, disponível aqui, mas que não reputo de muito bem conseguida. Muito revelador de quem é a maior parte da responsabilidade pela actual situação, é um artigo publicado no The Washington Post de hoje, da autoria do antigo presidente Jimmy Cárter, que pode ser lido aqui.

2 comentários:

  1. Os novos bárbaros e as trmbetas da metralha que tocam a canção da guerra.

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  2. Olá Lino :) Gostei tanto da visita!
    É tão triste o som da guerra...não há lado certo nesta história, há um mundo cheio de culpa.
    Beijinhos!

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