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quarta-feira, novembro 12, 2008

Os Deuses de Hoje (Segundo soneto) É preciso que a música aparente no vaso harmonizado pelo oleiro seja perfeitamente consistente com o gesto interior, seu companheiro e fazedor. O vaso encerra o cheiro e os ritmos da terra e da semente porque antes de ser forma foi primeiro humildade de barro paciente. Deus, que concebe o cântaro e o separa da argila lentamente, foi fazendo do meu aprendizado o Seu compêndio de opacidades cada vez mais claras, e com silêncios sempre mais esplêndidos foi limando, aguçando o que escutara. Bruno Tolentino

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