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domingo, novembro 30, 2008

Marcelo 1 – Manuela 0 Ao ouvir, há minutos, a discorrência de Manuela Ferreira Leite no congresso da “jota” laranja, veio-me à ideia o Marcelo. Não aquele que gosta de mergulhar nos cagalhões do Tejo, que lê mais de 250 livros por semana, que parece que dá (vende a bom preço) aulas de direito e pareceres jurídicos e que me obriga o fugir do canal público nos Domingos à noite; mas aquele outro Marcelo que, nos meus 20 anos, iam decorridos os finais dos anos sessenta, tentava iludir os Coitos (ou coitados) e quejandos com as tais “conversas em família”. Nessa altura, já familiarizado com as obras proibidas do Karl e do Friedrich, do Vladimir Ilitch e do Herbert, do Jean Paul e do Louis, o tal Marcelo da dita “primavera” nunca me convenceu de que tínhamos saído da mais invernosa das ditaduras. Hoje, quarenta anos passados e continuando a manter a minha costela marxista e a minha análise dialética da história, acho - e com pena o digo - que a Manuela Ferreira Leite nem para subsecretária de estado daquela altura serviria. Nem sequer para escrever a coluna “coscuvilhices” de um antigo matutino da capital, assinada por Maria Armanda Falcão, mais conhecida por “Vera Lagoa”. Onde para o saudoso José Vilhena?

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