O corpo
Acrobata enredado
Em clausura de pele
Sem nenhuma ruptura
Para aonde me leva
Sua estrutura?
Doce máquina
Com engrenagem de músculos
Suspiro e rangido
O espaço devora
Seu movimento
(Braços e pernas
sem explosão)
Engenho de febre
Sono e lembrança
Que arma
E desarma minha morte
Em armadura de treva.
Armando Freitas Filho*
*poeta carioca
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