Noite
As casas fecham as pálpebras das janelas e dormem.
Todos os rumores são postos em surdina,
todas as luzes se apagam.
Há um grande aparato de câmara funerária
na paisagem do mundo.
Os homens ficam rígidos,
tomam a posição horizontal
e ensaiam o próprio cadáver.
Cada leito é a maquete de um túmulo.
Cada sono em ensaio de morte.
No cemitério da treva
tudo morre provisoriamente.
Menotti Del Picchia*
*poeta ítalo-brasileiro
Há quem diga que o sono é a ante-câmara da morte
ResponderEliminarGosto da noite... e gostei imenso deste poema...
ResponderEliminarando a treinar mto pouco eu...nem sei se isso não será mau... ainda vou estranhar quando chegar a hora...
beijinhos das nuvens