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terça-feira, julho 08, 2008

Pássaros Longe Gorjeiam com sede De afeto. Perto Acarinham O alento incerto O afago gracejo feto De um amor, alma, ímã. Os pássaros e a latitude A longitude e os hiatos Das palavras não ditas. Perto Embarcações em seco Duelam com a luz do sol E o fio da navalha azul do tempo. Pássaros Vivem em mim E voam até imantar em ti Minha verve. Pássaros. O Passado, passará Ocaso, o presente nascerá E o futuro, amanhecerá Passarinhando. Pássaros. Passarei, passarinho. Anand Rao* *poeta brasileiro

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