Bushismos
Acossado por todos os lados no seu próprio país, com um nível de popularidade na casa dos 30% e a sofrer ainda os ecos das bombásticas revelações de Scott McClellan, (seu) antigo Secretário de Imprensa da Casa Branca, o Sr. W. veio fazer uma última viagem oficial à Europa, na qual demonstrou não ter aprendido nada com a história.
Desde a visita ao Vaticano à recepção do velho Caimão, dos elogios e auto-elogios do homenzinho dos saltos altos que desgoverna o hexágono que já foi grande até à recepção do encolhido Brown que a custo sobrevive às barbaridades da sua governação, o Sr. W. foi pontilhando a sua visita de político garnisé de ares imperiais com os costumeiros desatinos de linguagem.
Nada arrependido da sua guerra contra os infiéis e gracejando sobre “armas de destruição maciça”, acusou um jornalista da Sky News que o questionou sobre Guantanamo e Abu Ghraid de “caluniar a América”, como se o estatuto do país se medisse pela sua incompetência.
Dan Froomkin, na sua coluna White House Watch de segunda feira na versão digital do The Washington Post, traça um retrato da viagem digno de ser lido, até porque, entre muitas outras coisas, levanta o véu sobre a realidade de autênticos campos de concentração que o exército estado-unidense mantém no Afeganistão, realidade essa que os nossos media servilmente ignoram.
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