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sábado, maio 24, 2008

Fazer poético Meu fazer não é poético... lírico? Fora um dia, não mais. Agora a forma é áspera E o fruto prima pelo amargor. Poesia, amor, desejo, rebeldia... ficção! Não passa de ironia... Escrever às vezes é maçante Como ler um livro entediado da leitura. Deixo as palavras fluírem... Assim, sem sentido aparente... Postas, sobrepostas, pospostas, antepostas, Vão aos poucos ganhando forma, justapostas. Adquirem significados notórios Desde que atinjam seu objetivo Trancafiado no limiar do inconstante No fluxo desvairado do inconsciente. Alberto da Cruz* *poeta brasileiro

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