Desencanto
Tua silhueta
ainda arranha minha retina
contigo
ignorei o futuro
vislumbrei apenas o preciso
- um blefe do destino -
que seja!
Atravessei meus espinhos
perdi todas as defesas
hoje
imune à dor
refém de mim
lastimo a insistência da vida
Poderia ser tudo maior.
Sim! Poderia!
Mas era preciso muito...
Muito mais!
nessa paixão sem amanhãs
réstia de luz
refletida nessa taça de cristal trincada.
Ana Cristina Souto*
*poetisa brasileira
"..ainda arranha minha retina.."
ResponderEliminarExcelente poema.
Bom fim-de-semana.
Abraço